A pecuária brasileira manteve um ritmo forte e consistente, acumulando mais um ano de resultados históricos em produção e exportação. É o que apontam análises dos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que destacam a solidez do setor mesmo diante de um cenário internacional desafiador.
Em 2025, ainda que os números oficiais não tenham sido totalmente consolidados, os levantamentos do Cepea já indicam patamares inéditos tanto na produção de carne quanto no volume de abates, com destaque para as fêmeas. Os recordes se estendem aos sistemas de confinamento e também ao desempenho das exportações, que alcançaram níveis sem precedentes em volume e faturamento.
Entre os fatores que sustentaram esse avanço estão a redução da oferta global de carne, a competitividade dos custos de produção no Brasil e a valorização do dólar. Esse conjunto permitiu ao país superar, pela primeira vez, a marca de 3 milhões de toneladas de carne bovina exportadas, demonstrando a capacidade do setor de contornar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, um dos principais mercados compradores.
No mercado interno, o Cepea observa que as negociações no mercado spot apresentaram pouca força nos períodos de baixa e limites mais claros nos momentos de alta. A estabilidade relativa dos preços foi uma das principais características da pecuária em 2025, com valores sustentados ao longo do ano em níveis semelhantes aos observados entre setembro e outubro de 2024 e com oscilações mais contidas em comparação a anos anteriores.
O mesmo comportamento se repetiu nos preços da carne bovina, que registraram variações menores. Já no segmento de reposição, a ampliação dos confinamentos aumentou a demanda por boi magro, o que refletiu em valorização também do garrote, do bezerro e das fêmeas, conforme os dados analisados pelo Cepea.
Com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
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